Ai, Borboletinha,
Quantas saudades suas,
Do tempo que me fazia sorrir,
Do tempo que me ajudava a chorar.
A alegria era feliz contigo,
E não espaçada como agora,
Vinda de tempos em tempos...
Longos e agonizantes tempos...
Borboletinha que voava livre,
O que fizeram contigo?
Cortaram-lhe as asas,
Uma nova lagarta lhe fizeram.
Saudades de ti, Borboletinha.
Quão cruéis foram contigo,
Não satisfeitos, lhe tiraram as perninhas...
Me afastaram de ti,
Hoje te procuro.
Como sofro por te amar, Borboletinha...
O poema descreve que a inocência da criança foi sendo aos poucos destruída, devido o ambiente e o modo de como ela foi desenvolvida. Seu lado positivo foi oprimido e, seu lado negativo ampliado, levando-a a tristeza profunda.
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