Este é o maior mistério da humanidade, pois, ninguém nunca retornou de lá
para dizer se o local para onde todos nós vamos, é bom ou não... Isto é, se não retornaram, então, deve ser, no mínimo, interessante. rsrs.
Desde a Idade da Pedra, muitos tentam explicar o outro lado da vida. Até mesmo uma personificação própria ela possui.
Nossa querida Morte entoando sua funebre canção
A religião Judaico-Cristã, inicialmente, deu crédito ao ato da morte, ao respectivo anjo, chamando-o pelo nome de Uriel, ou Asrael. A principio, a Morte era um deus, entre os pagãos. Com a cristianização da Europa, a Morte, da posição suprema de deus, passa a posição vassala de um anjo.
Porém, a morte, enquanto fato entre os cristãos, é um tema bem controverso... Principalmente, entre os de origem eslava. Muitos dos mitos ocidentais relacionados aos mortos, mais conhecidos, vem desta parte do mundo. Mitos como o vampiro, por exemplo, mostra o contraste da doutrina cristã com relação a morte, e das histórias relacionadas aos corpos incorruptos, reliquias sagradas, e monstros sugadores de sangue.
Segundo o cristianismo geral, a morte é o pagamento do pecado original, vindo de Adão. O homem vive por um período de tempo determinado, e, quando o tempo termina, ele morre, para ser julgado pelos seus atos e consciência. Disto, ele pode passar a eternidade em dois lugares definitivos: Paraíso, ou Inferno. Seu corpo físico se decompõe, como consequencia da corrupção da carne, e do pó que viemos, ao pó voltaremos. Entretanto, alguns corpos acabam se tornando incorruptíveis, devido ao grau de santidade alcansada por determinados homens e mulheres. Os respectivos donos de corpos são canonizados como Santos, logo após todo um estudo de terreno, condição de armazenagem, entre outros estudos rígidos, e ele acabam se tornando reliquias.
As vezes, pode ocorrer de não o corpo inteiro se tornar incorruptível, mas apenas partes especificas do corpo acabam ficando sem ser decompostas, como a língua de Santo Antonio de Pádua, por exemplo, que permanece sem ser decomposta até os dias de hoje, sendo venerada na cidade de Pádua, na Itália, como uma relíquia, também, capaz de realizar milagres, segundo a religiosidade popular.
Apenas para esclarecer: Reliquias são objetos que, em teoria, possuem algum poder sobrenatural, vindo diretamente do próprio Deus, por causa da santidade adquirida pelo dono. Se difere dos amuletos, pois este são confeccionados e energizados em rituais mágicos, utilizados individualmente, ou seja, por cada pessoa, enquanto a reliquia sempre fica exposta, geralmente em um altar, sendo propriedade da Igreja.
Este é o ponto interessante que eu gostaria de colocar aqui, senhoras e senhores, sobre a comparação entre o mundo eslavófilo, e o mundo cristão; Enquanto em uma parte da antiga cristandade, temos a incorrupção algo como santificado, temos do outro lado a demonização de tal ato. Esta, sendo representada pela figura do temido e sempre adimirado vampiro.
Clássico Conde Drácula, de Bram Stocker
O vampiro nada mais é, do que um ser que age a noite, atacando familiares ou outros conhecidos, sugando-lhe o sangue e retornando para descansar em sua cova, durante todo o dia, voltando a atacar na noite seguinte. Segundo a lenda, uma pessoa só se torna um vampiro quando seu corpo é rejeitado tanto pelo Céu quanto pelo Inferno. Outras lendas também atribuem a existencia do vampiro como sendo a descendencia decaida de Caim, ou de Judas, que segundo lendas antigas, teriam sido amaldiçoados por Deus a viverem eternamente com fome e sede de sangue de seus iguais. Porém, independente da versão da lenda, a regra é sempre essa. Ele seria um ser noturno que se alimenta de sangue.
Eis, aqui, os dois lados da morte. De um lado, o santo, do outro, o monstro. O que diferencia cada um? O modo que cada um se porta. Em ambos, temos o ideal de eternidade corpórea que tanto tentamos, em nossos tempos modernos, adquirir. Ou juventude, ou beleza eternos. Entretanto, ambos os temas nos ensinam uma lição valiosa: Enquanto o santo tem seu corpo incorrupto e se mantem morto, estando em estado de paz plena, o vampiro é um morto, porém, reavivado, rejeitado pelo mundo dos mortos, assim sendo, não possuindo em paz consigo mesmo, pelo fato de ter de sugar o sangue de outros seres vivos para poder se recuperar.
Transferindo para o nosso dia a dia, a busca pela juventude ou vida eterna, não quer dizer exatamente a busca pela felicidade. Nem sempre, tudo o que vive eternamente, é feliz pela eternidade, pois sempre há um preço a ser pago, no final das contas... Um preço, muitas vezes, alto demais.
Há, outras lendas relacionadas ao assunto, como o dos zumbis... Mas, isso é matéria pra outro post.
Até mais, Galere!
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