segunda-feira, 22 de março de 2010

O Motel dos Porcos

Uma coisa que me enoja profundamente são relações humanas em geral. Seres humanos são porcos por natureza. Se eu não fosse racional, como sou, imaginaria que somos descendentes de porcos, ou de cães selvagens, tamanha incivilidade que portamos.

Nem no poderoso, e agora extinto, Império Romano se via tal falta de moral. Logicamente, se havia, era total e completamente escondido dos olhos da grande população. A “polícia” secreta romana, que era responsável por se infiltrar em devidas sociedades e grupos religiosos pagãos sempre desmantelavam tais redes, tentando desta forma trazer uma certa ordem ao estado.

Mas hoje, o que vemos é quase o contrário. Sim, no Brasil, existem investigações, denuncias e prisões de pessoas que são ligadas a redes de imoralidade. E o pior é que esse tipo de pessoa pode estar mais próxima do que nós pensamos. Pode ser aquele padeiro que contrata crianças como aprendizes, pode ser aquele velho e humilde padre, ou pastor, ou qualquer outro religioso que seja, que prega em nome de Deus fingindo ter a intenção de mostrar um caminho de felicidade e justiça, ou mesmo, por quê não, qualquer outro lugar onde hajam homens e mulheres com segundas, terceiras ou, até mesmo, quartas intenções.

Pessoas das mais diversas idades, cores e credos não dão mais valor ao seu intimo, ao ser interior, aos antigos momentos de felicidade a sós que sempre foram valorizados pelos antigos.

Da espiritualidade, da fé, da razão, do próprio misticismo, até o sexo, as relações inter-pessoais, tudo virou uma grande e generalizada bagunça. Na mais simples relação de amizade já se vê uma pontinha de maldade, de impureza, esta que faz parte da própria pessoa que vê, e que por sua vez, a transmite para os que estão ao seu redor, contaminando a todo o ambiente, e aos que estão ao redor.

Hoje, vamos em praças públicas, a noite, e vemos o quão banalizado estão alguns sentidos. Uma menina pede uma bebida para se descontrair, para participar de uma conversa apenas, talves. Mas, o portador da bebida, faz um pedido impuro a garota. Ao invés dela, no mínimo, lhe dar um bofetão na cara, lhe xingar e tentar lhe fazer o pior de todos os homens, a garota acaba aceitando a indecente proposta e faz o que o rapaz quer.

Este epsódio o qual citei não é raro, nem isolado de um lugar, mas, é freqüente e diário, a ponto de, verdadeiramente, estar banalizado e mostrando o quão decadente se encontra a nossa sociedade.

Estamos em um tempo de dificuldades. Espiritualmente não podemos contar com mais ninguém, e se podemos, é com uma certa desconfiança, pois, como disse anteriormente, tais pensamentos contaminam o ambiente em que vivemos.

Hoje, com razão digo: Felizes os índios que ainda vivem sem contato com o homem branco, pois são puros em sua natureza e não conhecem as maldades por nós, sim, por mim, você que lê, e tantas outras pessoas que neste mundo vivem, praticam diariamente.

Rezo, peço a Deus para que isto mude, mas, ao que tudo indica, este é um processo irreversível.

Não sei se é muita ingenuidade de minha parte, mas, ainda tenho uma certa esperança. Creio que, mesmo vagamente, as pessoas irão tomar consciência disso, de que a devassidão descontrolada a que vemos todos os dias irá um dia acabar. Que a pureza de espírito e coração irá ser restabelecida. Só peço para que, caso isso aconteça, que seja logo, que não seja tarde demais, pois, muitas e muitas pessoas hoje estão se perdendo, a cada dia que passa. E isso é preocupante.

Sim, o ser humano é um porco imundo, que merece estar chafurdando na lama, que não deveria jamais ter saído da mata, ou da floresta, da qual saiu. Não deveria ter descido as arvores, para derruba-lãs mais tarde como hoje faz naturalmente (sem peso algum na consciência), que “usa” mulheres como meros objetos sexuais (como muitas também se deixam usar, reclamando depois o por quê dos homens assim agirem), mas, já que estamos aqui, já que o ser humano pensa (o que eu acho facilmente contestável), que ele pense, mas de forma correta, pois, o que temos hoje não é uma sociedade, mas, nada além de um imenso Motel onde não é pago um centavo para se usar os quartos e que certos “atos” podem ser livremente feitos ao ar livre.

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