domingo, 14 de agosto de 2011

Theodore Mortis


Eu sinto uma vontade louca,
De sair, ir a beira de um penhasco e pular,
Sentindo cada particula de ar
Rasgando meu corpo de forma indiscriminada.

Não sei o seu porquê.
Só sei o que quero ser.
A águia que corre o deserto
Buscando um sonho inalcansável.

Discutível emanação de si mesmo tem sido,
A Luz do Luar que tenho visto.
Desde quando, os trompetes tocam de forma violenta?

Destituido estou de minha carne,
Minh'alma agora jaz em um recanto,
A espera de um milagre inexistente.

Meu simples desejo:
Morrer vivendo,
E viver morrendo.
Eis as escalas do ser.

Diferente assim.
O ser se torna.
Apenas para morrer em boa consciencia.

Sem arrependimentos ou prazeresm
Destituido de Mágoas ou Dor,
Morte sou todo seu.

Leve-me em seus braços lugubres,
E me inspire um ar funebre,
Vista-me com tuas roupas mais nobres,
Entorpeça-me com duas drogas mais fortes.

De mim fizeste um deus.
Para mim serás como uma Santa Mãe,
Que a todos os filhos resgata.

Agora, apaguem-se as luzes,
Voltemos a escuridão primordial,
E que se revele a crueldade do ser.

Malgrado estar dependente da carne.
O Mestre de tudo entende,
De nada depende,
E a todos compreende.

Onde estou? Quem sou? O que sou?
O que fiz? O que quis?
Oh! Malgrado de meu ser...

Não se demores mais, Grande Mater.
Sou todo seu!
O Vale das Sombras não é mais meu lugar.

Solitude, saia daqui, liberte-se!
Deixei-lhe cativa por muito tempo.
Deves ser livre para amar outro ser.

... Amor.
A ironia de tudo.
... E ainda não encontraram sua cura,
Rio desta situação...

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