sexta-feira, 3 de junho de 2011

Lamentos de Uma Alma Aprisionada


Oh, Doce Amor.
Em quais pastagens tens andado?
Em que mundos, habitado?
Em que ventos, navegados?

Aprisionado em conto,
Pondo Misericórdia em seus pés,
Tentando restaurar a ordem caótica,
Te fazendo enchergar além.

Para isso, se faz necessário que te libertes,
Desta prisão a qual tu próprio te sujeitas.
Vem, pare de temer e aprenda a andar.

A prisão é o que me liberta.
Perdão te peço, oh, caro Espírito,
Porém não posso acompanhá-lo.

Oh, senhora, por que não?
Por que fazes isto comigo?
O que te fiz?
Por que me tortura assim?

Por que perto de ti,
Meus dotes me desamparam,
Me tornando um completo inválido?

Talvez eu até saiba a resposta,
Porém, que cada coisa tome seu rumo,
Não interfiramos no Destino...

Destino...
Palavra sinistra,
Sem vida, degradada,
Tão divina quanto nós.

No Vale das Sombras, o Sol já desce.
Um dia, este lugar já fora iluminado.
Por um grande espírito, já fora habitado.
Hoje ele anda encarcerado.

Quando será libertado?
Quando a Era das Trevas acabará?
Não sei, apenas sei que nada sei...

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