sexta-feira, 29 de abril de 2011

Aquela Pequena Flor


Medo de Amar,
Medo de Sentir,
Medo de Pensar,
Medo...

Talvez esta seja a grande razão,
Tão simples e objetiva,
Tão complexa e disforme,
Do meu não-saber sobre a Vida.

Angústia, Dor e Solidão.
A Santíssima Trindade, de mim faz templo.
Ela dá vida, e por ela, esta é retirada.
Mundo sem vida, disforme em saturação deformada.

O Vale das Sombras calmo anda,
Nele, uma pequena a valente Flor-de-Lótus,
Com suas singelas pétalas sem fim,
Se demora a desistir de resistir.

Nos rios caudalosos da Morte Eterna,
Um odor leve e convidativo pairava pela borda.
Nossa vida mais uma vez esta para ser atormentada...

Maldita sempre, aquela que ousou cruzar o rio.
Ondas e mais ondas agitando suas caudas.
Solidão sente ciúmes, fica irada.
Não gosta de penetras invasores no Vale.

Neste Revés, seu marido, Dor, se fortalece.
Ele se expande por todos os recantos,
Quer saber que infelicidade cruzou seus caminhos.
Angustia, seu filho, se envaidece...

Após algum tempo de procura, descobrem a causa.
Era apenas uma brisa...
Os Aspargos haviam se mexido...

Solidão descobre que apenas ela existe, novamente.
Dor se aquieta em seu canto...
A Sagrada Família volta a harmonia.

Novamente, o Vale retorna a calmaria de sempre.
Árvores centenárias caíram,
Mas aquela flor...

Resiste com suas singelas pétalas sem fim.
Se demora a desistir de resistir,
Até quando... ?!

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